sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Discussões sobre a educação a distância

Esta atividade consiste em relatar a minha experiência de leituras e discussões fomentadas em blogs de educação, de forma específica, os que falam da educação a distância.
Os principais tópicos vistos como assuntos de discussão foram:
- Democratização da educação;
- Profissionalização de professores e tutores;
- Estratégias para estímulo de aprendizagem em ambiente virtual; e
- Regulamentações legais para melhorar a abordagem de educação a distância.
Foi possível confirmar o crescimento de cursos de educação a distância e a consequente variedade de cursos e modelos disponíveis. Em consequência, foi também possível verificar opiniões diversas sobre a evolução deste modelo de ensino-aprendizagem.
As leituras me proporcionaram um melhor entendimento sobre pontos de vista positivos, porém, ainda me sinto resistente aos modelos de educação à distância, que mais me parecem uma estratégia para o aumento da participação de mercado das escolas. Quando penso em educação a distância, penso em uma linha de montagem, que possibilitará a educação em massa, sem uma vírgula sequer de customização.
Acho o debate delicado e carente de atenção de governos e sistemas de ensino.
Na minha opinião, a educação a distância tem características positivas: (1) custo baixo; e (2) flexibilidade. Essas características por sua vez proporcionam, respectivamente, a democratização da educação e o atingimento de profissionais que buscam cursos flexíveis em função de pressões de tempo e profissionalização rápida.
Em contrapartida, essas duas características positivas podem gerar impactos negativos no futuro. Será que o ensino a distância, apesar de democrático, consegue atender às expectativas e necessidades dos estudantes, conforme são cobrados pelo mercado de trabalho? A democratização da educação, o acesso facilitado às universidades e vagas de trabalho sobrando por falta de capacitação profissional é um paradoxo difícil de compreender.
O segundo problema, relacionado à flexibilidade tem duas vertentes complementares. A primeira diz respeito à disciplina. Cursos a distância exigem de seus alunos um compromisso pessoal para que o curso seja desenvolvido da forma como foi idealizado por professores e tutores. E, muitas vezes, atividades mal planejadas podem culminar em um curso mal aproveitado. Nesse sentido, acredito que o contato com os professores tem efeio fundamental. A segunda vertente é o efeito flexível causado pelas aulas a distância, que culminará também na falta do contato (essencial) entre professor e aluno. A boa aula de um professor é baseada no entendimento que se faz de seus ouvintes, assim, é preciso conhecê-los, senti-los, para que a aula vá de encontro às suas necessidades, considerando preferências de aprendizagem, conhecimentos adquiridos anteriormente e dificuldades apresentadas. Em consequência da distância, o aluno não interage com o professor e os estímulos dessa interação não são aproveitados.
Não desacredito totalmente na EAD, mas, ainda sou contra à formação profissional (cursos superiores) por educação a distância. Mesmo resistente, acredito que a profissionalização de professores e tutores e regulamentações legais são condições essenciais para o progresso dessa abordagem, já que, aparentemente, ela não deixará de existir.